Breve Resumo
Este vídeo informativo da Dra. Keilla Freitas aborda tudo o que você precisa saber sobre o HPV (Papiloma Vírus Humano). Ela explica o que é o HPV, como ele é transmitido, os sintomas, as opções de tratamento e, mais importante, as formas de prevenção, incluindo a vacinação. A Dra. Keilla desmistifica algumas informações falsas sobre a transmissão do HPV e destaca a importância da prevenção e do diagnóstico precoce para evitar complicações, como o câncer.
- O HPV é um vírus comum que afeta quase todos em algum momento da vida.
- A maioria das infecções por HPV são eliminadas naturalmente pelo corpo.
- A vacinação é a principal forma de prevenção contra o HPV e suas complicações.
O que é HPV [1:16]
O papiloma vírus humano (HPV) é um vírus que afeta exclusivamente seres humanos, com mais de 100 subtipos diferentes. Estima-se que quase todos os homens e mulheres terão contato com um ou mais subtipos de HPV em algum momento da vida. Na maioria dos casos, o corpo elimina o vírus naturalmente em até 24 meses, sem necessidade de tratamento, como se fosse um resfriado comum. No entanto, quando o organismo não consegue eliminar o HPV nesse período, a pessoa se torna portadora crônica do vírus. O vírus pode permanecer inativo, sem causar problemas, ou começar a se replicar, alojando-se em células epiteliais basais, geralmente na região genital, anal ou garganta.
Como se pega HPV [5:25]
Existem várias formas de contrair o HPV, incluindo a transmissão vertical (da mãe para o feto durante a gestação ou no parto), transfusão de sangue (menos frequente) e, mais comumente, por meio de relações sexuais. A infecção ocorre quando a boca ou os órgãos genitais tocam os órgãos genitais, ânus ou áreas lesionadas de alguém infectado, mesmo sem penetração. Pessoas com múltiplos parceiros sexuais têm maior risco, mas mesmo quem tem um único parceiro pode contrair o vírus se este for portador. O uso do preservativo diminui o risco de transmissão, mas não o elimina completamente. O contato direto com lesões de HPV, como verrugas nas mãos, também pode transmitir o vírus, embora seja menos comum. É importante ressaltar que não há comprovação científica de que o HPV seja transmitido por meio de banheiros públicos, chuveiros de academia ou compartilhamento de toalhas.
Sintomas do HPV [11:51]
Os sintomas do HPV variam de acordo com a área anatômica afetada e o subtipo do vírus. As primeiras manifestações podem demorar de 2 a 20 anos após o contato inicial, ou mesmo nunca aparecer. As lesões podem ocorrer na área genital (intrólito vaginal, lábios, vulva, vagina, colo do útero, região perianal, ânus, pênis, bolsa escrotal, região pubiana) ou em áreas extra genitais (conjuntivas, mucosa nasal, oral ou laríngea, mãos, pés). As verrugas cutâneas não genitais são mais comuns em pessoas que manipulam carnes, aves e peixes. O condiloma acuminado são lesões tipo verrugas que podem ser únicas ou múltiplas, de tamanhos variados, e geralmente não doem, mas podem coçar ou sangrar. Outras formas de apresentação incluem verrugas vulgares, verrugas plantares e verrugas planas. Em casos de lesões pré-cancerígenas ou cancerígenas, podem surgir massas, nódulos, úlceras ou sangramento. O HPV está associado a diversos tipos de câncer, como câncer de colo de útero, anal, vulva, vaginal, pênis e orofaringe.
Tratamento do HPV [20:28]
Não existe um antiviral específico para o tratamento do HPV; o tratamento visa as lesões causadas pelo vírus. É fundamental realizar exames preventivos para identificar lesões tipo verruga ou lesões pré-cancerígenas. Não é eficaz realizar exames de sangue para detectar o HPV, pois o contato com o vírus é comum e pode ser eliminado naturalmente pelo organismo. O diagnóstico é feito por meio da análise das mucosas ou da pele com lesões. A vigilância das mucosas é importante para avaliar a presença de verrugas ou lesões pré-cancerígenas, que podem ser tratadas e removidas. A avaliação para identificação de lesões em pênis ou região anal ainda é pouco utilizada e deveria ser realizada em homens, mulheres que fazem sexo com homens e na avaliação ano retal. O diagnóstico precoce do HPV, especialmente nas lesões cancerígenas, é fundamental para um tratamento efetivo e para prevenir a transmissão para outras pessoas.
Prevenção do HPV [25:18]
As formas de prevenção do HPV são as mesmas para as infecções sexualmente transmissíveis. O uso do preservativo diminui a transmissão, mas não a elimina completamente. A principal forma de prevenção é a vacinação. No Brasil, a vacinação contra o HPV faz parte do Programa Nacional de Vacinação (PNI) e está disponível para crianças a partir dos 9 anos de idade. Existem dois tipos de vacina disponíveis: a quadrivalente (protege contra quatro sorotipos do HPV) e a nonavalente (protege contra nove sorotipos). A vacina é dada em duas ou três doses, dependendo da idade e do tipo de imunossupressão. Mesmo adultos que já se infectaram pelo HPV podem se beneficiar da vacinação, pois ela protege contra outros subtipos do vírus. A vacinação é a forma mais eficaz de se prevenir contra o HPV e suas complicações.