Breve Resumo
Este vídeo da TV Senado discute a ozonioterapia, um tratamento que tem ganhado atenção e um projeto de lei no Senado Federal que busca liberá-lo como terapia complementar. A entrevista com Maria Emília Gadelha Serra, presidente da associação brasileira de ozonioterapia, explora os princípios, aplicações, segurança e o futuro da ozonioterapia no Brasil.
- A ozonioterapia utiliza uma mistura de oxigênio e ozônio para melhorar a oxigenação, regular o sistema imunológico e controlar infecções.
- Aprovada como terapia complementar, ela pode ser usada em conjunto com tratamentos convencionais para melhorar os resultados do paciente e reduzir os efeitos colaterais.
- A regulamentação da ozonioterapia no Brasil enfrenta resistência, mas tem o potencial de gerar economia no sistema público de saúde e beneficiar diversas áreas da saúde pública.
Introdução [0:00]
O vídeo começa com uma introdução sobre a ozonioterapia, um tratamento que historicamente tem sido visto com desconfiança, mas que poderá ser liberado como terapia complementar. Um projeto de lei do Senado Federal nesse sentido foi aprovado na comissão de assuntos sociais. O programa Cidadania recebe Maria Emília Gadelha Serra, presidente da Associação Brasileira de Ozonioterapia, para discutir o tema.
Trajetória de Maria Emília Gadelha Serra [0:42]
Maria Emília Gadelha Serra, médica com especialização em otorrinolaringologia, explica como um tumor maligno na tireoide a motivou a estudar outras técnicas para entender o processo de adoecimento. Ela encontrou a ozonioterapia dentro da medicina biológica alemã e, após estudar na Alemanha, Cuba e Itália, convenceu-se dos benefícios da técnica para os pacientes.
Princípios Básicos da Ozonioterapia [1:48]
O ozônio é uma molécula derivada do oxigênio, presente na natureza e no corpo humano durante a ativação de anticorpos. A ozonioterapia utiliza um aparelho gerador de ozônio medicinal para produzir uma mistura gasosa de oxigênio e ozônio. Essa mistura é aplicada no corpo para beneficiar os tecidos e promover a recuperação.
Aplicações e Fundamentos Científicos [3:35]
A ozonioterapia pode servir para diversas doenças devido aos seus três mecanismos principais de ação: melhorar a oxigenação, regular o sistema imunológico e controlar infecções. A maioria das doenças tem um ou mais desses componentes associados, e o ozônio promove ações benéficas em combinação. A dificuldade em aceitar a ozonioterapia reside no modelo médico cartesiano, que busca uma cura específica para cada doença, enquanto a ozonioterapia age simultaneamente em diferentes doenças.
Segurança e Contraindicações [6:28]
A segurança da ozonioterapia é comprovada por estudos desde a década de 1980. Um estudo retrospectivo da sociedade alemã encontrou poucos efeitos colaterais em milhões de terapias. No entanto, a ozonioterapia não é indicada para pessoas com deficiência grave da enzima G6PD, pois pode causar hemólise. O exame para detectar essa deficiência é obrigatório antes do tratamento.
Lobby Farmacêutico e Benefícios no SUS [9:42]
Maria Emília acredita que existe um lobby das indústrias farmacêuticas contra a liberação da ozonioterapia. No entanto, uma consultoria específica sobre os benefícios potenciais da ozonioterapia no SUS, preparada pela Dra. Celina Ramalho, indica que a introdução da terapia pode gerar uma economia de até 40% dos custos totais do SUS, especialmente no tratamento de diabetes.
Ozonioterapia e Diabetes [11:30]
A ozonioterapia não cura o diabetes, mas melhora o tratamento ao influenciar positivamente a glicemia. Existem diversas publicações científicas sobre os efeitos do ozônio medicinal na glicemia, disponíveis no PubMed.
Formação do Ozonioterapeuta [12:37]
O projeto de lei busca colocar a ozonioterapia como um procedimento médico, exigindo formação adequada para os profissionais. A má prática pode ocorrer em qualquer situação, e os casos negativos relatados na internet estão associados a pessoas sem formação adequada na área da saúde e que utilizam equipamentos de má qualidade. O projeto não prevê que a ozonioterapia seja um ato exclusivamente médico, mas demanda conhecimentos de medicina como base para o diagnóstico.
Duração e Conteúdo dos Cursos de Formação [16:09]
Atualmente, a Associação Brasileira de Ozonioterapia oferece cursos informativos de três dias, que reúnem informações globais sobre a técnica. Com a regulamentação, haverá demanda por cursos mais específicos, com treinamento prático e capacitação da equipe de saúde. Os cursos são voltados para profissionais da área da saúde, como médicos, veterinários, dentistas, enfermeiros, biomédicos, fisioterapeutas e farmacêuticos.
Expectativas para o Futuro da Ozonioterapia [18:33]
A expectativa é que o projeto de lei siga sem obstáculos e beneficie a população, melhorando a saúde e viabilizando o uso dos recursos públicos do SUS. A ozonioterapia é vista como uma terapia complementar que pode ser utilizada em conjunto com tratamentos convencionais para melhorar os resultados do paciente e reduzir os efeitos colaterais.
Cuidados e Identificação do Ozonioterapeuta [21:57]
É importante que o paciente seja encaminhado por um médico para um ozonioterapeuta. O ideal é que o próprio médico seja o ozonioterapeuta, após realizar uma formação na área. A ozonioterapia é vista como uma ferramenta a mais para o médico, e não necessariamente uma especialidade médica.
